Especialista defende integração de políticas e programas destinados à infância
O especialista em educação infantil e assessor da Organização Mundial
para a Educação Pré-Escolar (Omep), Vital Didonet, defendeu nesta
quinta-feira, 8 de novembro, a integração dos diferentes programas,
planos e políticas voltadas à criança. A avaliação foi feita durante
audiência pública com o tema “O desenvolvimento integral da criança, da
teoria à prática”, realizada na Comissão de Educação, Cultura e Esporte
(CE), como parte da 5ª Semana da Infância e Cultura de Paz.
Apesar de reconhecer os avanços na legislação e nas políticas
públicas, como o Plano Nacional pela Primeira Infância, lançado em
dezembro de 2010, Didonet ressaltou a importância de a sociedade e o
governo olharem a criança como um ser integral e sujeito de direitos.
O especialista disse que as ações destinadas às crianças tendem a
abordar temas específicos – saúde, nutrição e violência, entre outras. O
desdobramento do Plano Nacional pela Primeira Infância para aplicação
municipal, ressaltou, tem o desafio de adotar diferentes ações, com
visão abrangente das necessidades infantis.
Didonet afirmou que o país já possui políticas e soluções técnicas
para enfrentar as questões relacionadas a essa parcela da população e
propiciar uma infância feliz.
- A gente percebe que ainda se precisa de um avanço em relação ao
estágio atual, por que nós temos visões parciais, olhares setorizados,
ações voltadas para áreas ou temas específicos. E, quando se pensa a
nação brasileira voltada para as suas crianças, a sociedade que se
compromete com a sua infância, ela tem de ter uma visão de
integralidade, integrando os diferentes olhares, as diferentes políticas
e diferentes planos setoriais – ressaltou.
Didonet informou que, com a reunião de todos os planos e políticas,
definiu-se como meta o ano de 2022, quando poderá ser feita a avaliação
das melhorias alcançadas para as crianças brasileiras. Ele destacou a
responsabilidade da família, da sociedade e do Estado para que haja
complementaridade das ações.
Participação
Também a diretora do Instituto Sidarta (SP), Cláudia Siqueira, disse
ser importante a participação da sociedade para a promoção de uma
educação de qualidade. O maior desafio, em sua avaliação, é preservar a
qualidade e a continuidade de programas governamentais.
Em sua opinião, o sistema educacional ainda adota costumes do século
19. Para ela, os estudos e dados disponíveis permitem fazer melhores
escolhas e, assim, retirar a escola do passado e oferecer às crianças
boas memórias de infância.
Cláudia Siqueira observou que, na descrição de uma criança, a escola é
similar a uma prisão, com grades e pouca luminosidade. Em sua opinião, o
desenvolvimento saudável das crianças se dá pela experiência por meio
do ato de brincar autônomo, sem a interferência pedagógica do educador e
sem locais específicos para as brincadeiras – as brinquedotecas. Ela
defendeu a utilização de todos os espaços da escola para as
brincadeiras.
- Criança precisa sentir, criança precisa experimentar. A criança se
apropria do mundo brincando. Ela está experimentando, e brincar é uma
das estruturas – disse.
Informações da Agência Senado
No Brasil, onde parte da população encontra-se em situação de pobreza, a condição das cranças é de privação no desenvolvimento de suas capacidades. A falta de renda familiar adequada é uma das principais razões para que muitas crianças deixem de desenvolver seu potencial.Este quadro só pode ser mudado pelo acesso e permanência na escola.
ResponderExcluirAs atuais avaliações educacionais demonstram o viés discriminatório das escolas: Os dados nacionais apontam para uma grande defasagem na qualidade educacional,principalmente nas escolas públicas, que em sua maioria,acolhem as crianças pobres. Isso nos remete a uma profunda reflexão, pois é somente através da qualidade da educação qua a escolarização poderá contribuir para a mudança desse quadro social.
A criança,que tanto se fala e enfatiza como futuro de nosso País,ainda é tratada e vista com descaso pelas autoridades e setores que deveriam assegurar, assim como preve a CONSTITUIÇÃO BRASILEIRA DE 1988,seus direitos. Embora já tenhamos avançado em espaços ainda muito pequenos, precisamos começar a ver as nossas crianças com olhares não de piedade e sim de solidariedade e oportunizar a elas o acesso e permanência na escola, com uma educação de qualidade, meios de entretenimento com cunho educacional e pedagógico, pois só assim poderemos visualizar a criança como FUTURO do nosso PAÍS como tanto desejamos.
ResponderExcluirÉ isto aí, Marcos.Para ser futuro, a criança precisa ser presente, precisamos, estamos dando os nossos passos em prol desta meta.
ResponderExcluirRobélia
Caros colegas, precisamos nos unirmos mais, principalmente nós que já estamos diariamente com essas crianças. Saliento a todos desta nota:
ResponderExcluirEm primeira análise deve ser observado o artigo 18 do ECA, que determina a todos o dever de resguardar pela dignidade da criança e do adolescente, não sendo permitido que eles sejam tratados de forma desumana, aterrorizante, vexatória ou constrangedora.
Peço a todos os colegas que venha fazer parte desta corrente.
A educação das crianças é um dos elementos fundamentais para o futuro de uma nação, pois serão elas que decidirão as melhores formas de desenvolver um mundo mais justo e sociável. O caminho mais adequado para formar esses indivíduos é utilizando projetos de ampla abrangência, pesquisas contínuas, formação e capacitação permanente dos professores e o aperfeiçoamento do contato com as famílias e a comunidade. É fundamental valorizar a criança como construtora de conhecimento, respeitando as singularidades de cada uma.
ResponderExcluirO direito se transforma em realidade, quando aquele bem jurídico, ou o objeto que a lei protege, se insere no cotidiano das pessoas. Nesse sentido eu diria que o ECA, com todo este movimento da afirmação da infância como sujeito de direitos, é um dos marcos
ResponderExcluirfundamentais não só na sociedade, não só para reconhecer a infância e a adolescência como sujeitos de direitos, mas é um marco fundamental na escola. A escola passa a ter que se pensar como tempo e espaço de direitos, e nós, profissionais, tivemos que nos pensar como profissionais de direitos.
A integração das políticas educacionais voltada para a criança é primordial, pois é de suma importância atender aos interesses sociais vinculados a esta, ao invés de atender interesses difusos de áreas distintas, que fogem da ampliação efetiva dos direitos e deveres de cada infante. A infância deve ser pensada como todo, de modo intersetorial. Robélia Aragão
ResponderExcluirPara termos uma criança feliz, saudável e com seus direitos adquiridos, faz-se necessário a colaboração da família, da sociedade e do Estado, em prol da mesma.
ResponderExcluirPercebe-se que no que diz respeito as políticas públicas destinadas a infância tivemos grandes avanços, onde a criança passou a ser reconhecida como cidadã.É preciso que agora essas políticas e programas saiam do papel e sejam colocados em prática de forma efetiva para garantir que nossas crianças tenham uma infância saudável com seus direitos sendo respeitados.
ResponderExcluirÉ notório o avanço das políticas públicas voltadas para a primeira infância, entretanto elas precisam ser aplicadas devidamente para que as crianças brasileiras tenham seus direitos assegurados. Didot destaca a responsabilidade da família, da sociedade e do Estado, e isso é muito importante, pois sabemos que algumas famílias não cumprem com as devidas responsabilidades no que se refere à educação e direitos dos seus filhos e filhas. Quanto ao Estado, vejo a necessidade de novas políticas voltada para a melhoria do atendimento à Educação Infantil.
ResponderExcluirConcordo com Cláudia Siqueira, ao afirmar que o desenvolvimento saudável da criança se dá pela brincadeira. Através do brincar a criança aprende as regras do convívio social, desenvolve sua criatividade, faz amizades, divide espaço... enfim aprende a viver em sociedade.
É notório o avanço das políticas públicas voltadas para a primeira infância, entretanto elas precisam ser aplicadas devidamente para que as crianças brasileiras tenham seus direitos assegurados. Didot destaca a responsabilidade da família, da sociedade e do Estado, e isso é muito importante, pois sabemos que algumas famílias não cumprem com as devidas responsabilidades no que se refere à educação e direitos dos seus filhos e filhas. Quanto ao Estado, vejo a necessidade de novas políticas voltada para a melhoria do atendimento à Educação Infantil.
ResponderExcluirConcordo com Cláudia Siqueira, ao afirmar que o desenvolvimento saudável da criança se dá pela brincadeira. Através do brincar a criança aprende as regras do convívio social, desenvolve sua criatividade, faz amizades, divide espaço... enfim aprende a viver em sociedade.
As ações que vem sendo desenvolvidas em prol das crianças,ainda não contempla toda a realidade do alunado.Portanto no que diz respeito a educação um dos problemas e o espaço físico, precisa-se pensar em adequar o mesmo, com a finalidade de atender as necessidades cognitiva e afetiva.
ResponderExcluirO avanço na legislação é um bom começo, porém é necessário a efetivação para que os direitos do infante sejam garantidos, que contribuirá para o seu desenvolvimento integral.Porém é necessário reflexões sobre o tema como por exemplo, a sociedade em que vive, a família, a escola em fim, pensar e ter uma visão de integralidade.
ResponderExcluirQue bom que finalmente um especialista defende políticas públicas voltada para crianças como ser integral e sujeito de direitos, sendo assim, avançaremos nos paradigmas de educação infantil com qualidade no nosso país. No que se refere à diretora do Instituto Sidarta (SP), enfatiza o modelo de educação do século 19 comparando ao atual e critica a brinquedoteca e o recreio dirigido.
ResponderExcluirAs políticas públicas voltadas para os direitos das crianças, nessas últimas décadas tiveram avanços significativos, pois as mesmas vêm contribuindo para que os direitos desses infantes sejam respeitados. Sabe-se que, ainda há muito a se fazer por essa nova geração. Contudo governantes e sociedade civil precisam olhar para essas crianças como os futuros cidadãos do amanhã.
ResponderExcluirAs políticas públicas voltadas para os direitos das crianças, nessas últimas décadas tiveram avanços significativos, pois as mesmas vêm contribuindo para que os direitos desses infantes sejam respeitados. Sabe-se que, ainda há muito a se fazer por essa nova geração. Contudo governantes e sociedade civil precisam olhar para essas crianças como os futuros cidadãos do amanhã.
ResponderExcluirA criança é vista como um ser integral e sujeito de direitos garantidos pelo ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente), assim ela precisa de liberdade para que possa desenvolver-se de forma saudável em um ambiente familiar e educativo, acolhedor e atrativo, a fim de que a aprendizagem possa acontecer de forma espontânea e prazerosa.
ResponderExcluirPara que a criança tenha direito a uma educação de qualidade é preciso que a sociedade seja comprometida com a sua infância, e que tenha uma visão de integralidade com diferentes olhares acerca da responsabilidade da família x escola, pois só assim a criança apropria-se do que lhe é garantido por direito.
Percebe-se que houve um avanço das políticas públicas voltadas à criança, contudo é necessário mais prática, compromisso para uma educação de qualidade como um todo, que as crianças sejam respeitadas como um ser integral e sujeitos de direitos.
ResponderExcluirPercebemos que as políticas públicas direcionadas as nossas crianças nos fez avançarmos um pouco, mas lutamos ainda contra um grande preconceito cultural que nos faz não enxergarmos em nossa crianças o futuro desta nação, daí a necessidade da efetivação dos direitos que garantem o respeito e o sucesso das nossas crianças.
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